quarta-feira, 8 de junho de 2011





A Câmara dos Deputados decidirá hoje o futuro de milhões de hectares de florestas. Se aprovadas, as propostas de alteração do Código Florestal irão gerar uma cadeia irreversível de devastação ambiental no Brasil. As próximas 12 horas são críticas, vamos gerar uma mobilização massiva para salvar nossas florestas.

Nós já vencemos antes -- graças à pressão popular constante a votação do Código já foi adiada várias vezes e a Ficha Limpa prova que a pressão sobre deputados funciona. Mesmo estando na pauta de votação, a proposta atual não é definitiva -- até o último minuto a Presidente Dilma estará negociando as nossas florestas com a oposição. Mas não podemos permitir que o meio ambiente vire moeda de troca.

Não há um minuto a perder! Vamos enviar uma avalanche de mensagens para a Presidente Dilma e líderes dos partidos deixando claro que não deixaremos que eles barganhem nossas florestas!

■Presidente Dilma (61) 3411-1225 /(61) 3411.1200, (61) 3411.1201 sg@planalto.gov.br
■Paulo Teixeira (PT) - (61) 3215-5281 dep.pauloteixeira@camara.gov.br
■Henrique Eduardo Alves (PMDB) (61) 3215-5539 dep.henriqueeduardoalves@camara.gov.br
■Ana Arraes (Bloco PSB, PTB e PCdoB) (61) 3215-5846 dep.anaarraes@camara.gov.br
■Lincoln Portela (Bloco PR, PRB, PTdoB, PRTB e outros) - (61) 3215-5615 dep.lincolnportela@camara.gov.br
■Duarte Nogueira (PSDB) - (61) 3215-5525 dep.duartenogueira@camara.gov.br
■Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) - (61) 32158269 dep.antoniocarlosmagalhaesneto@camara.gov.br
■Nelso Meurer (PP) - (61) 3215-5916 dep.nelsonmeurer@camara.gov.br
■Giovanni Queiroz (PDT) (61) 3215-5618 dep.giovanniqueiroz@camara.gov.br
■Ratinho Junior (PSC) - (61) 3215-5521 dep.ratinhojunior@camara.gov.br

quinta-feira, 26 de maio de 2011



águia-pesqueira












Nome científico: Seu nome científico é Pandion haliaetus. É o único membro da família dos Pandionídeos, ordem dos Falconiformes.
Outro nome: Gavião-pescador ou Águia-pescadora, nome comum de uma ave de rapina cosmopolita, que na América Latina também é conhecida como águia-do-mar, guincho ou sangual. Recebe também os nomes de águia-pesqueira e gavião-papa peixe.
Águia Pesqueira
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Pandionidae
Envergadura: até 1,70 m

Alimentação

Alimenta-se exclusivamente de peixes.

Ninhos

feitos de galhos secos, algas e musgo, são construídos no alto das árvores ou sobre os rochedos. Aí a fêmea choca seus quatro ovos durante cinco semanas.

Filhotes

4 ovos
Tempo de incubação: 5 semanas
Tempo de permanência dos filhotes no ninho: 30 dias

Habitat

Vive na parte ocidental da América do Norte, América Central e Antilhas, de onde emigra para a América do Sul. Habitam as regiões costeiras ou próximas de lagos e rios. No fim do verão, as águias-pesqueiras deixam a região onde reproduzem e partem para o sul. Mas, na primavera seguinte cada casal vem procriar exatamente no mesmo lugar.

Características físicas

As águias-pescadoras ou marinhas têm bicos mais longos e pesados que os das águias-reais. Além disso, carecem de penas na parte inferior das patas. A barriga é branca, asas escuras e possuem uma faixa escura do olho à nuca.
Ao contrário da maioria das aves pescadoras, que apanham os peixes com o bico, a águia-pesqueira, ou aurifrísio, como também é chamada, pega-os com suas garras de unhas compridas e dedos escamados e rugosos. Assim, depois do vôo em mergulho - às vezes, de mais de 100 m de altura, a águia-pesqueira precisa se endireitar para agarrar o peixe.
Dizimada pelos caçadores, envenenada pelos inseticidas absorvidos pelos peixes, a águia-pesqueira é, além disso, vítima dos ladrões de ovos (gralhas, gaivotas e colecionadores). por isso, é cada vez mais rara na Europa e na América do Norte.
Fonte: www.felipex.com.br
Águia Pesqueira
A Águia-pesqueira, exímia pescadora, embora tenha uma vasta distribuição mundial, tem sofrido um declínio acentuado em diversas regiões. Em Portugal só resta um macho da população nidificante, que tenta atrair uma companheira desde 1997.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

A Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) é uma ave de rapina de grande porte, com asas compridas e estreitas. É facilmente reconhecida pela sua plumagem castanha nas regiões superiores, contrastando com as zonas inferiores esbranquiçadas; a superfície ventral das asas apresenta um padrão constante acastanhado, com as “axilas” brancas. A cabeça é branca e os olhos amarelos com uma lista ocular castanho-escuro. No pescoço é visível um colar formado por finas riscas verticais de cor escura. A cauda é barrada, de cor castanha. Os juvenis têm as penas da parte superior do corpo orladas de branco-amarelado e os olhos vermelhos. Apresenta várias adaptações morfológicas ao tipo de alimentação: patas grandes e fortes, garras longas e curvadas, superfície inferior dos dedos coberta por pequenos espinhos e o dedo exterior reversível.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA

É uma espécie cosmopolita, já que se encontra em todos os continentes; as maiores áreas de reprodução situam-se na América do Norte, na Europa e na Ásia. No Paleárctico Ocidental ocorre sobretudo no Centro e Norte da Europa, sendo relativamente comum na Escandinávia e Finlândia e nalgumas regiões da Rússia. No Sul da Europa e Norte de África é mais rara e apresenta uma distribuição localizada.
Durante o século XIX e início do século XX, a Águia-pesqueira sofreu um acentuado declínio a nível mundial, chegando mesmo a extinguir-se em várias regiões da Europa. Os efectivos populacionais mundiais estimam-se hoje entre 20.000 e 30.000 casais. Nota-se alguma recuperação, apoiada por medidas de conservação, no Reino Unido, Noruega e Suécia, embora continue em crescente declínio em França, Finlândia, Alemanha, Polónia, Península Ibérica, Canárias e Cabo Verde, bem como em grande parte da América do Norte.
Em Portugal a fêmea do último casal reprodutor morreu em 1997 e o macho só conseguiu encontrar uma fêmea para tentar acasalar na Primavera de 2000, mas sem sucesso; no ínicio da época de reprodução de 2001 foi vista ainda a fêmea, mas desta vez não se verificou tentativa de acasalamento. Ocorrem no nosso país alguns indivíduos durante a passagem de migração e no Inverno, mas sempre em pequenos números e sem se fixarem. No início do século seria um nidificante comum ao longo da costa, desde Leiria até ao Algarve, tendo decrescido rapidamente até apenas dois casais nidificantes na Costa Sudoeste, no início dos anos oitenta.
Águia Pesqueira

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO

No Livro Vermelho dos Vertebrados aparece com estatuto de “Em Perigo” (SNPRCN 1990). Está, no entanto, desde 1997 extinta no nosso país como reprodutora, ainda que em 2000 tenha havido uma nova tentativa de nidificação.

FACTORES DE AMEAÇA

Os principais factores que levaram ao declínio da espécie prendem-se com a perseguição, a perturbação e a perda de locais de reprodução, mas igualmente com a poluição das águas. Também em Portugal a perseguição directa e a perturbação dos locais de nidificação parecem ter conduzido à diminuição da população reprodutora.
Na Costa Alentejana onde se encontravam os últimos casais, a introdução do perímetro de rega alterou profundamente o planalto litoral anteriormente isolado. O incremento agro-pecuário sofrido trouxe consigo um aumento da presença humana, intolerável para a espécie. A caça ao Pombo-das-rochas (Columbia livia), através de uma linha contínua de abrigos para caçadores ao longo da costa, representou uma verdadeira ameaça, já que implicou o abate de águias-pesqueiras. Também a pesca à linha tem aumentado desmesuradamente, de forma que os pesqueiros explorados ocupam todos os locais potencialmente ideais para a instalação de novos casais.
Águia Pesqueira

HABITAT

Esta espécie encontra-se normalmente associada a zonas húmidas de média ou grande dimensão, águas doces, salobras ou salgadas. Na faixa litoral frequenta essencialmente zonas costeiras, estuários e lagoas, enquanto no interior surge em barragens, açudes e cursos de água.
A população mediterrânea é estritamente costeira, mas noutras zonas da Europa, nidifica no interior, perto de lagos, lagoas ou rios. Durante a migração podem, por vezes, fazer uso de canais, tanques ou pequenos reservatórios de água onde exista alimento disponível.

ALIMENTAÇÃO

A Águia-pesqueira alimenta-se quase exclusivamente de peixe, tanto dulçaquícolas como marinhos. As presas mais frequentes em Portugal são, nas zonas costeiras, os sargos e os robalos. Os ambientes estuarinos constituem também uma reserva importante de alimento, que inclui tainhas, entre outras espécies. De entre as espécies de água doce salientam-se as carpas como presas preferidas. O consumo diário ronda as 200-400 g de peixe.
O alimento é obtido debaixo de água, mergulhando a partir de uma altura variável, desde os 5 até aos 70 m. Mantém uma posição no ar enquanto procuram a presa, peneirando ou planando, lançando-se de seguida com uma inclinação de cerca de 45º, capturando-a com as patas esticadas para a frente.
Embora raramente, pode incluir na sua dieta pequenos mamíferos, aves, répteis, anfíbios e também crustáceos e outros invertebrados.
Águia Pesqueira

REPRODUÇÃO

Escolhe zonas com pouca perturbação e com reservas consideráveis de peixe para nidificar. Na Europa, a população da Escandinávia, Escócia e Polónia nidifica em árvores perto de lagos de água doce, enquanto a população mediterrânea nidifica em escarpas e ilhéus costeiros. Algumas aves são mais tolerantes à presença humana e escolhem, para fazer o ninho, construções diversas como moinhos, torres ou velhas ruínas. Em Portugal, o último casal reprodutor nidificava num ilhéu rochoso na Costa Sudoeste.
O ninho fica situado no topo das árvores ou rochedos, sendo muito robusto devido aos ramos fortes exteriores, mas também muito cómodo devido aos ramos mais finos, ervas e musgo que revestem o interior.
A época de reprodução estende-se de meados de Março a princípios de Junho. Faz apenas uma postura composta por 2-3 ovos. O período de incubação prolonga-se por 34-40 dias e a emancipação das crias acontece ao fim de 49-57 dias.

MOVIMENTOS

Espécie migradora, é essencialmente um visitante de Verão no Paleárctico Ocidental, já que os registos no Inverno são raros na Europa Central e do Norte. Estas populações passam o Inverno nas zonas costeiras da África Ocidental. As populações meridionais são essencialmente residentes. A invernada na bacia mediterrânica é normalmente considerada pouco importante.
Nas populações migradoras, nos meses de Setembro/Outubro, muitos adultos já atingiram o Mediterrâneo e, na chegada a África, os destinos são frequentemente a Nigéria, Gabão, Zaire, chegando mesmo ao Senegal. São muitos os juvenis que permanecem nos locais de invernada no seu primeiro Verão. Os adultos iniciam o regresso aos locais de reprodução em Março/Abril e os juvenis seguem-lhes as pisadas aproximadamente um mês depois. As aves que chegam a Portugal são originárias da Europa Setentrional e das Ilhas Britânicas.
Águia Pesqueira

CURIOSIDADES

A Águia-pesqueira parece apresentar comportamentos frequentemente solitários. No entanto, fora da época de reprodução podem encontrar-se concentrações de mais de 25 indivíduos perto das zonas de pesca, ao longo da costa dos sítios de invernada.
Entre outros apelidos que lhe foram dados em diferentes regiões do país, “Guincho” foi talvez o mais frequente, suspeitando-se até ser esta a origem do nome da conhecida praia do Guincho, um pouco a norte de Cascais.
Seria costume entre os aldeões das localidades do país onde a espécie terá nidificado, a violação dos ninhos mais acessíveis para recolha dos peixes trazidos pelos progenitores às crias. Punham no bico das pequenas águias um pedaço de cana atada por um cordel, de tal forma que estas eram incapazes de ingerir as presas trazidas pelos progenitores.

LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO

A população invernante em Portugal é apenas de algumas dezenas de indivíduos. Frequenta geralmente zonas costeiras e interiores, como lagoas, estuários e barragens. Alguns dos locais mais prováveis de observação serão os estuários (Tejo, Sado, entre outros), Paul do Boquilobo, Ria de Aveiro, Barragem do Caia, Costa Sudoeste e Lagoa de Santo André e Ria Formosa.
LEITURAS RECOMENDADAS
Elias, G. L.; Reino, L. M.; Silva, T.; Tomé, R. e P. Geraldes (Coods.) (1998). Atlas das Aves Invernantes do Baixo Alentejo. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa.
Espécies ameaçadas em Portugal: Águia-pesqueira. Suplemento da revista Forum Ambiente.
Farinha, J. C. e H. Costa (1999). Guia de Campo das Aves aquáticas de Portugal. Instituto da Conservação da Natureza, Lisboa.
Projecto, J. e M. Lecoq (1998). Aves da Costa Alentejana. Direcção Regional do Ambiente-Alentejo.
Snow, D.M e C.M. Perrins (Eds.) (1998). The birds of the Western Palearctic. Concise
Edition; vol. 1 Non passerines. Oxford University Press.
Inês Catry
Fonte: www.naturlink.pt
Águia Pesqueira
A águia-pescadora (Pandion haliaetus) é uma águia da família dos pandionídeos, constituindo a única representante da família Pandionidae de aves ciconiformes, com distribuição praticamente em todos os continentes.
Também é conhecida pelos nomes de águia-pesqueira, babuzar, caripira, gavião-caripira, gavião-do-mar, gavião-papa-peixe, gavião-pescador, guincho e pescador.

Caracterização

É uma espécie de ave de rapina de grande porte, com cerca de 57 cm de comprimento, cabeça e partes inferiores brancas, partes superiores do corpo pardo-anegradas, asas longas e estreitas com mancha negra, penas nucais eriçadas e cauda curta. As patas são cinzento-azuladas e o bico é preto e enganchado.
Vista de longe, a sua silhueta pode ser confundida com a de uma gaivota, devido à configuração das suas asas, ligeiramente arqueadas enquanto plana. Outras aves com que pode ser confundida, embora tenha grandes diferenças, são a águia-cobreira (Circaetus gallicus), a águia-de-bonelli (Hieraaetus fasciatus) e a águia-calçada (Hieraaetus pennatus). Esta confusão apenas poderá ocorrer devido às partes inferiores destas aves serem esbranquiçadas.
Trata-se de uma espécie de hábitos muito solitários, embora haja registos de ocorrências de bandos, mais ou menos dispersos. Nas zonas de pesca, normalmente bastante afastadas do ninho, toleram a presença de outros indivíduos, chegando a registar-se uma concentração de 25.
Geralmente, a águia-pesqueira é silenciosa. Apenas na época de reprodução se verifica uma variedade de chamamentos e assobios na zona de nidificação. O casal é, normalmente, monógamo e a ligação dura uma estação.
Alimenta-se quase exclusivamente de peixe considerado de tamanho médio, geralmente capturando-os rapidamente com os pés após peneirar em vôo. Entre as espécies preferidas encontram-se: nas zonas costeiras, os sargos e os robalos; nas zonas estuarinas, as tainhas; e entre as espécies de água doce, as carpas.
Apesar de ser preferencialmente e quase exclusivamente ictiófaga, esta águia pode incluir na sua dieta outras presas tais como pequenos mamíferos, pássaros, répteis, anfíbios, assim como crustáceos e outros invertebrados.
A forma de captura das suas presas é feita geralmente em voos picados com as patas para a frente no último momento para agarrar a presa. Estes mergulhos podem ter início a pouco mais de cinco metros acima da água, como, em caso de voos maiores, de uma altitude de cerca de 70 m. Pode cair em voo picado num ângulo de aproximadamente 45º ou pode simplesmente capturar a presa num voo praticamente horizontal e rente à água.

Distribuição e abundância

Esta espécie nidifica quase sempre perto de água. Captura peixes de água doce, salgada ou salobra, o que lhe permite frequentar estuários, barragens, cursos de água de caudal lento e por vezes a orla costeira. Normalmente nidifica em árvores, mas na zona mediterrânica, sempre foi mais comum junto à costa, nas falésias escarpadas ou em pequenas ilhas rochosas.
Ocorre um pouco por todo o mundo, desde a América do Norte à Austrália, passando pela Europa, por Cabo Verde e pelo Japão. A população mundial situa-se em cerca de 30 000 casais, sendo a maioria nidificante na América do Norte e migrando da América do Norte até a Argentina e Chile, com distribuição isolada em grande parte do Brasil.
No fim do Verão, as águias-pesqueiras deixam a região onde se reproduzem e partem para o sul, passando o Inverno em zonas tropicais. Mas, na Primavera seguinte cada casal vem procriar exactamente no mesmo lugar.
Em Portugal é actualmente visitante não nidificante, e pode ser observada quase ao longo de todo o ano, mas com maior incidência nas épocas de passagem migratória. Também goza do estatuto de invernante pois, dado o nosso clima de influência mediterrânica, algumas aves passam o Inverno entre nós. Isto é mais visível, nomeadamente, no Estuário do Sado, um dos únicos locais do país onde é frequentemente avistada na Primavera.

História (ameaçada, porquê?)

O declínio da população mundial de águias-pesqueiras iniciou-se no século XIX e prolongou-se pelo século XX. Em alguns sítios na Europa chegou mesmo a extinguir-se. Em Portugal, até à década de cinquenta havia cerca de 20 casais nidificantes, «sendo o sentido deste decréscimo de Norte para Sul, de Leste para Oeste».
Entre as principais causas deste desaparecimento encontra-se a introdução do perímetro de rega como técnica agrícola. Esta medida fez com que houvesse uma transformação no litoral alentejano e, por conseguinte, o aumento da presença humana, esta sim, responsável pelo desaparecimento da espécie.
Também se pode responsabilizar a caça ao pombo-das-rochas que fez com que um grande número de águias-pesqueiras fosse abatido. Por outro lado, verifica-se que, com o aumento da pesca à linha e desportiva, as águias abandonaram também muitos locais de nidificação, perturbadas novamente pela presença humana.
Em 1978, a população de residentes encontrava-se drasticamente reduzida a apenas três casais, sendo que um deles desapareceu por morte de um dos cônjuges, restando somente dois casais até 1990. Nessa data, a destruição de um dos ninhos originada pela queda de um bloco de pedra, levando ao desaparecimento de um dos adultos, ameaçou novamente a sobrevivência da espécie no nosso país. A fêmea ainda cativou outro macho, porém as tentativas de instalação revelaram-se infrutíferas.
Por essa altura, a fêmea do outro casal restante veio a perecer, mas o macho juntou-se com a fêmea que perdera o cônjuge em 1990 e, assim, a população ficou reduzida a um único casal.
Quando em 1997 a fêmea morreu de causas naturais, a espécie foi dada como extinta em Portugal. Na Primavera de 2000, ainda se reacendeu a esperança de que a espécie pudesse ter continuidade, quando o macho arranjou uma nova fêmea para o seu ninho. No entanto, as esperanças logo se dissiparam quando as tentativas de acasalamento se mostraram infrutíferas. Desde então, não há quaisquer registos de nidificação.

Medidas de preservação

Em resposta ao grande declínio do número de indivíduos da população de águias-pesqueiras, sobretudo na Europa, alguns países tais como o Reino Unido, a Noruega e a Suécia têm vindo a combater o desaparecimento desta espécie investindo em medidas de preservação que parecem estar a surtir efeito. No entanto, no restante mundo, esta população continua a ver o seu número cada vez mais reduzido.
Para preservar a águia-pesqueira em Portugal, foi sugerido que se implementasse o diálogo com os pescadores residentes na região da costa alentejana, tornando-os parceiros na protecção da espécie. Também se tornava urgente a ordenação da costa sudoeste e a proibição de circulação em algumas zonas consideradas cruciais para a nidificação das águias. Este impedimentos poderiam ser permanentes ou sazonais, porém, nem uma nem outra hipótese passaram à prática.
Outra das medidas de preservação passava pela introdução de indivíduos de outras populações de forma a aumentar o número de aves desta espécie nidificantes em Portugal.
As sugestões de medidas de preservação da espécie foram sempre pouco tomadas em consideração apesar dos imensos alertas que foram lançados pelas organizações ambientalistas e pelos ecologistas. Hoje, é já muito tarde para preservar, já que a espécie perdeu todos os casais residentes em Portugal.
Esta perda é de facto muito significativa do ponto de vista da riqueza e da diversidade biológica de Portugal. A águia-pesqueira é a única espécie no género Pandion, que também é o único na família Pandionidae. É a única ave de rapina europeia que se alimenta de peixe, mergulhando para capturar as suas presas.
Fonte: pt.wikipedia.org


Akita Inu










 Raça Akita Inu

Quando tomei a decisão de criar o site do Clube do Akita - O Guardião Japonês no dia 1 de novembro de 2005, esta decisão foi tomada por conta de problemas que tive com um de meus Akitas, que teve um problema grave de saúde, e naquela época eu não consegui encontrar nada em português sobre a Raça Akita Inu ou Akita Japonês se preferirem, para ajudá-lo ou pelo menos para amenizar o problema que o afligia e entender melhor o que ocorria.
Decidi criar um pequeno blog com dicas, textos e pequenos artigos, logo se tornou um sucesso de visitação, dai para que eu e minha família tomassemos gosto pelo site foi um pulo, todos nos engajamos em ler, pesquisar, traduzir, pedir ajuda a criadores, amigos, professores de faculdade, veterinários, tudo sempre ligado a Raça Akita, mas também abordando os cuidados com os nossos pets e principalmente passar o nosso dia a dia e nossa visão da Raça Akita Inu.
De lá para cá muita coisa mudou, os layouts do site foram melhorando, a estrutura de hospedagem também deu um salto, tivemos vários problemas, muitas vitórias, começamos a ajudar pessoas a doar os seus Akitas que por vários motivos não poderiam cuidar mais ou Akitas que eram achados ou abandonados nas ruas a sua própria sorte.
Tenho orgulho de dizer que já recolocamos + de 140 akitas adultos e filhotes em novos lares, não somos uma ONG ou algo do gênero, não temos espaços e nem abrigamos cães, não somos consultores profissionais, somos apenas apaixonados pela Raça Akita Inu e principalmente por cães e fazemos o que esta ao nosso alcance para melhorar a relação do ser humano com eles.
Neste meio tempo tomei coragem e me aventurei num sonho antigo de escrever livros sobre a Raça Akita Inu - escrevi um sobre o manejo adequado dos cães Akita por minha experiência e de minha família em nosso dia a dia com os nossos cães e outro sobre o evento do cio até o parto da cadela Akita também baseado em nossa experiência em nosso canil, devo ter acertado na receita pois os livros recebem muitos elogios, até de pessoas bem mais experientes em cinofilia do que nós.
Pode ser que não saibamos TUDO SOBRE A RAÇA AKITA INU, mas temos a humildade de ler, de pesquisar, de tentar ajudar aos novos proprietários e aqueles que tem dúvidas sobre a raça, ajudar as pessoas que lêem nosso site contando um pouco sobre os Akitas e como eles são, desmistificar muita coisa errada sobre a Raça Akita Inu no Brasil vindas de lendas urbanas, durante esta nossa caminhada encontramos pessoas maravilhosas de indole espartana que nos ajudaram, e também muita gente ruim que não amam nem a sí mesmos quanto mais aos animais, os que mais pesaram claro, foram os bons.
Vou assim tocando o site sem muita ajuda ou grandes investimentos, sou fã de falar e escrever de um jeito simples de uma forma solta e direta, para que as pessoas entendam, se identifiquem, para que aprendam sobre o que eu estou falando, mais sobre a Raça Akita que eu puder passar, o cão desta raça é sem dúvida alguma, uma das raças mais maravilhosas com quem tive o prazer de conviver, são cães limpos, extremamente asseados mesmo, fiéis a família e aos donos, bom com crianças, equilibrados, latem pouco, são guardas de nossa família e nosso lar maravilhosos e sem treinamento algum, uma raça muito fácil de se apaixonar sem dúvida alguma.
E assustadoramente inteligentes e perceptivos, é impressionante como um Akita parece ler os nossos pensamentos, saber o nosso estado de espirito mesmo sem ter-nos visto o dia todo, é lindo ver como eles se preocupam conosco e com os nossos entes queridos no dia a dia, como podem avançar em um estranho no portão para afasta-lo e em 5 segundos pegar um pequeno pedaço de maçã das mãos de uma criança de 5 aninhos sem sequer tocá-la.
Conheço a raça akita a 20 anos, crio profissionalmente akitas a quase 8 anos, neste tempo já vi akitas fazerem coisas espantosas, de tirar o folego e se perguntar como é possivel que um cão seja tão diferenciado, tenho vários clientes que compraram um filhote de Akita para sí, pois a esposa "detestava" cães, hoje a esposa cobra mais um filhote na casa, o Akita é assim cativa por onde passa.
Mas não se engane, considero a Raça Akita uma raça canina para poucos, não pelo preço ou tamanho, nada disso, é justamente por sua inteligência, sua altivez, por uma impertinência controlada, um "quê" de samurai mesmo, o cão Akita não se dobra a um dono que não se dedica em conhecê-lo e em interagir com ele, o cão Akita gosta de compartilhar sua vivência com quem compartilhe com ele a sua vida, se assim for o cão da Raça Akita morrerá por você e sua família.
O cão da Raça Akita Inu é um cão guardião, impávido, sereno, altivo, ele sabe da força que tem, sem deixar de ser um bom cão de companhia, para as horas de lazer de todo dia, um companheiro para uma caminhada breve ou mesmo uma trilha, andar na praia, no calçadão, porém o Akita para desempenhar bem estes papéis deve ser adestrado para obediência e muito bem educado no lar no dia a dia e ensinado a andar na guia com seu dono, e ser um cão educado, socializado devidamente, ai você poderá andar a vontade com ele sem medo.
Espero que o nosso site seja de muita utilidade para todos, tem muita coisa para por nele ainda, tenho muita documentação, livros, papelada histórica, fotos, mas isso leva tempo, naveguem a vontade e sintam-se em casa, se desejar e precisar envie a sua dúvida sobre a Raça Akita se pudermos e soubermos lhe responderemos com alegria.
Sejam todos muito bem vindos.
Roberto Bezerra da Silva
Criador e Administrador do Site e Criador de Akitas com muito orgulho.

Clube do Akita - O Guardião Japonês

Gato Bombaim,o Pantera Negra Felino





Origem
Tal como nas histórias infantis, também aqui há um Era uma vez…, pois tudo começa num momento preciso, a década de 50 do século XX, quando uma criadora de gatos norte-americana, Nikki Horner, se propôs a desenvolver um gato que fosse uma miniatura de pantera. O desafio estava lançado e Nikki Horner, de Louisville, cidade do estado do Kentuky, só pararia quando percebeu que tinha alcançado o seu objectivo. Porém, nem tudo foram facilidades e os revezes iniciais foram bastante desencorajadores. Nikki começou o seu projecto cruzando Birmaneses com gatos American Shorthair de cor preta, mas os resultados estavam longe do pretendido. Sem desistir do seu propósito, e ciente de que este era exequível, Nikki recorreu, anos mais tarde, a uma nova leva de gatos. Foi nessa altura que tudo começou a ganhar forma. Obteve, então, os primeiros gatos com um bom desenvolvimento muscular e um pêlo muito curto, já perto do tom de preto sólido que pretendia.
O pêlo, de um profundo tom de preto, cobre-o da ponta do nariz às almofadas das patas...


História
A história da raça passa ainda pela Grã-Bretanha, onde a mesma raça Birmanesa começou a ser cruzada com a raça British Shorthair, mas foi Niki Horner, a grande impulsionadora e responsável pelo nascimento de mais esta raça, à qual deu o nome Bombaim, nome de uma cidade indiana, por a Índia ser o país natal da pantera negra, animal selvagem que serviu de modelo para este dócil gato doméstico. Cerca de 18 anos depois das primeiras experiências de Nikki, o Bombaim foi aceite, sendo reconhecido mundialmente como uma raça oficial de gatos. Logo em 1976, o Bombaim entra no primeiro campeonato, uma espécie de passarela dos felinos. Hoje em dia, os criadores ainda recorrem ao Birmanês, a fim de garantir o tipo físico e a textura delicada e suave da pelagem, mas muito raramente, ou mesmo nunca, se voltou a utilizar o American Shorthair, com o qual se deu o arranque da raça.

A razão é simples: é bastante fácil obter o manto negro desejável sem a interferência desta segunda raça, a qual, por seu turno, introduz um tipo físico pouco apelativo.
Talvez por isso, o Bombaim e o Birmanês são tão semelhantes. De tal forma que por vezes, apenas um entendido os distingue. Daí que a própria Nikki Horner, mãe da raça, se refira a estes gatos como Birmaneses pretos. Para tirar dúvidas, saiba que o Bombaim tende a ser maior, a ter o corpo mais longo, as patas mais altas e a ter uma quebra do nariz diferente da do Birmanês. Além de que o gene da cor preta é dominante no Bombaim. Estão, pois, feitas as apresentações bem como as necessárias distinções. Inteligente, carinhoso e dedicado, ele vive para mimar e receber mimos


Morfologia
O Bombaim caracteriza-se, acima de tudo, pela uniformidade da pelagem curta de cor negra, que o cobre da ponta do nariz até às almofadas das patas. O pelo é ainda brilhante e muito suave. O seu corpo é de tamanho médio, porém, musculado, encimado por uma cabeça arredondada, de queixo firme e nariz curto. Dela despontam orelhas proporcionais, também elas médias, de pontas ligeiramente boleadas na ponta e ligeiramente voltadas para a frente, o que dá ao gato a expressão de permanente alerta, como a sua parente selvagem. Outro ponto de convergência com o grande felino preto da Índia é o tamanho dos seus olhos, grandes, redondos, brilhantes e acobreados — ou dourados —, já para não voltar a referir o seu manto curto, negro (da raiz à extremidade das cerdas) e reluzente como o de uma pantera. É ainda um gato surpreendentemente pesado, tendo em conta o tamanho. É um animal fisicamente equilibrado, onde tudo parece obedecer a uma harmoniosa proporcionalidade. Todavia, esta é a descrição de um Bombaim adulto, já que as crias, até aos dois anos, podem apresentar uma pelagem mais clara, começando a escurecer por volta dos seis meses de vida.







Temperamento

Também neste aspecto, o Bombaim lembra o Birmanês. São gatos calmos que apreciam a vida em apartamentos, mesmo que tenha de os partilhar com outros animais, incluindo cães, aos quais se adaptam na perfeição. É um gato inteligente que aprende depressa, incluindo a trazer objectos, a fazer truques, a obedecer a regras e até a passear de trela. Adora jogos e brincadeiras e aninhar-se em locais quentes, com predilecção por camas. Alguns Bombaim são muito palradores, mas outros há que mal vocalizam. Constante é a sua dedicação aos humanos, procurando a sua companhia e ligando-se a eles afectivamente. Mas é exigente, contabiliza a retribuição de mimos, a qual deve corresponder ao muito afecto que dá aos donos. É igualmente dedicado a todos os membros da família, perto de quem procura estar. Mas não gosta de barulhos nem confusão, precisando ainda de momentos só para si, o que é revelador do seu carácter tranquilo e pacífico. Do seu ponto de vista, não vê necessidade de sair de casa, principalmente se tiver vários colos à escolha, aos quais soma sem timidez, o das visitas.

Bombaim por ser o nome de uma cidade indiana, país natal da pantera

Prós e Contras
O Bombaim, é um gato caseiro, que aprecia a vida em apartamentos. É pouco tolerante com outros gatos, já que gosta de ser o gato dominante, centrando as atenções e afecto dos donos, de quem gosta de receber carinho na mesma dose generosa com que o dispensa. É, sem dúvida, um excelente animal de companhia, activo, brincalhão e criativo, capaz de inventar mil e uma maneiras de se entreter. Mas exige atenção, ou seja, não é recomendável deixá-lo sozinho durante longas horas, pois pode ressentir-se da solidão. Um factor importante a ter em conta é a sua precoce maturidade sexual. Quem não estiver interessado em procriar a raça, deve pensar em castrar os machos ou esterilizar as gatas entre os seis e os nove meses, havendo mesmo casos de paternidade com apenas cinco meses de idade. Um fenómeno que não é acompanhado pela sua maturidade física, a qual é mais lenta, só alcançando o pleno desenvolvimento muscular perto dos dois anos de vida. No que toca ao pêlo, nada de stress, pois tamanha beleza requer, afinal, muito pouca manutenção e uma simples luva de borracha resolve a questão. Experimente acariciá-lo de quando em vez com uma luva de veludo e espante-se com o resultado: brilhante e sedoso como o de uma pantera. Fora isso, deixe que seja o próprio animal a cuidar da sua higiene. Ele fá-lo melhor do que ninguém.


Fonte:instinto.pt.com
afghan Hound



História da Raça:
A primeira menção à raça que hoje conhecemos como Afghan hound se encontra num papiro, datado aproximadamente de 400 a 3000 a . C, achado nas proximidades de Jebel Musa, localizada na pequena península do Sinai, entre o Golfo de Suez e o Golfo de Akaba, local que fazia parte do antigo Egito. Neste documento o cão é mencionado como hábil caçador e muito aceito pela nobreza. Em túmulos do vale do Nilo também foram encontradas reproduções destes animais. Acredita-se que inicialmente tenha sido presente de um Sheik a Mênfis, tendo recebido o apelido de cara de macaco.

Não se sabe exatamente quando a raça se instalou na parte norte do Afeganistão como também não foram encontrados traços de sua passagem pela Arábia ou pela, Pérsia- vias naturais de acesso.

Apesar de confirmada a origem Egípcia, há dúvidas se o Afeganistão fez grandes contribuições para o desenvolvimento da raça. Criado num país montanhoso e vivendo em regiões altas, onde invernos são especialmente severos, o Afghan pouco mudou em suas características marcantes. Pelagem compacta, sedosa, de textura fina e cobrindo todo o corpo; orelhas pendulares e um topete de pelagem sedosa no alto da cabeça. Outra característica hereditária da raça é a sua acomodação a qualquer tipo de temperatura- isto porque além de invernos gelados, o Afeganistão possui verões muito quentes.

Dotado de uma excelente visão e grande velocidade, era o cão mais indicado na caça a leopardos e na perseguição a gazelas e coelhos selvagens.





CARACTERÍSTICAS DA RAÇA
Com sua elegante aparência e porte altivo e aristocrata o Afghan tem conquistado muita gente e é tido por muitos como "O REI DOS CÃES".

A sua pelagem longa e sedosa, cresce gradativamente e chega ao auge quando o cão completa 3 ou 4 anos. O filhote possui apenas uma penugem por todo o corpo de textura lanosa, e um característico bigode que geralmente cai após os 12 meses.

O corpo é esguio e os ossos ilíacos aparentes, características que o tornam muito veloz. É um cão atlético e necessita de exercícios constantes. Talvez por um reflexo de seu passado de caçador, um Afghan pode fugir em disparada se tiver oportunidade.

De temperamento reservado e muitas indiferentes com estranhos, é tido como um cão independente. Porém como as demais raças, é muito apegado ao seu dono, com quem gosta de compartilhar os passeios ou descansos no sofá, a sua coma predileta.

Gosta de viver em grupo, principalmente com outros Afghan. Mas também convive com outros cães tranqüilamente . o Afghan só costuma atacar outros cães se for provocado.

Outra característica marcante na raça é a expressão original e o olhar distante, como se tivesse recordando os tempos passados. Daí vem a frase que todo criador fala: "UM AFGHAN NUNCA OLHA PARA VOCÊ, , E SIM ATRAVÉS DE VOCÊ."


CUIDADOS ESPECIAIS
Para que o cão possa Ter a pelagem completa é necessário aguns cuidados especiais de seu dono. Os banhos devem ser semanais ou no máximo a cada dez dias. Um banho bem dado, com produtos de boa qualidade dispensa as escovações durante a semana. A raça não requer tosa, mas pode ser feito o trimming no dorso e pescoço, pois neste lugares a pelagem é mais curta e lanosa.

Uma alimentação balanceada, como uma ração de boa qualidade, e exercícios constantes é o suficiente para se Ter um animal em boas condições.


PADRÃO DA RAÇA ( Bruno Tausz)


APARÊNCIA GERAL: dão a impressão de força e dignidade, combinando velocidade e vigor. A cabeça portada alta.

CARACTERÍSTICAS: expressão oriental é típica da raça. O olhar do Afghan é distante e parece ver através das pessoas.

TEMPERAMENTO: indiferente e digno, com certa coragem e determinação.

CABEÇA E CRÂNIO: crânio longo, não muito estreito, com occipital proeminente. Focinho longo, de presas fortes e stop leve. Crânio bem balanceado encimado por um longo topete. O nariz é, preferivelmente, preto sendo a cor fígado aceitável em exemplares de pelagem clara.
Olhos: de preferência escuros, não penalizado os exemplares com olhos de cor dourada. Quase triangulares, ligeiramente oblíquos, no sentido do canto interno para o canto externo.
Orelhas: de inserção baixa bem para trás, portadas rente às faces e revestidas por pêlos longos e sedosos.
Focinho: maxilares fortes, com mordedura em tesoura perfeita, regular e completa, isto é, os dentes superiores se sobrepondo estreitamente com relação aos inferiores e bem alinhados na mandíbula. A mordedura em torquês é tolerada.

PESCOÇO: longo, forte, portando a cabeça alta.


ANTERIORES: ombros longos e inclinados bem alocados para trás, bem musculosos, fortes, sem serem carregados. Membros anteriores retos com boa ossatura. Visto de frente aprumados com os ombros. Cotovelos bem ajustados, trabalhando rente ao tórax.

TRONCO: linha superior é reta e de nível, de comprimento moderado bem musculosa, com a garupa inclinando-se ligeiramente na direção da cauda. Lombo reto, largo e, preferencialmente, curto. Ílios bem proeminentes e bem separados. Costelas moderadamente arqueadas e boa profundidade de peito.

POSTERIORES: fortes, com joelhos bem curvados e bem angulados. Longos entre a garupa e os jarretes que são relativamente curtos. Os ergôs podem ser removidos.

PATAS: as anteriores são fortes e muito grandes, tanto em comprimento quanto na largura e revestidas por pelagem longa e espessa. Os dedos são arqueados, metacarpos longos e flexíveis, almofadas plantares, perfeitamente apoiadas no chão. As posteriores são longas, mas não tanto quanto as anteriores, com as características de pelagem iguais.

CAUDA: de inserção baixa e tamanho médio, portada alta, quando em ação, formando um anel no final.

PELAGEM: longa e de textura muito fina na região das costelas, nos membros e nos flancos. Nos cães maduros, o pêlo é curto e denso ao longo de toda a linha superior.

COR: todas as cores são aceitas.

TAMANHO: machos de 68 a 74 cm e fêmeas de 63 a 69 cm.

MOVIMENTAÇÃO: suave e elástica, com estilo de alta classe.

FALTAS: qualquer desvio dos itens deste padrão deve ser considerado como falta e penalizada na exata proporção de sua gravidade.




NOTA: os machos devem apresentar os dois testículos bem visíveis e normais, totalmente descidos na bolsa escrotal.

Fonte:saudeanimal.com.br

Afghan Hound


Afghan Hound
Nage "Travis" T pedigree nome Zhaqqari "Kicks JW AI-22 meses-Cor Preto
Grupo Hounds

Origem / História O Afghan Hound é um cão de raça antiga muito que é nativo do Sinai. Na verdade, foi representado no interior de cavernas no Afeganistão mais de 4.000 anos atrás. Eles também têm sido mencionados em papiros egípcios. Esta é uma raça que antigamente era chamado de "Greyhound Persa", e também é conhecido como um "Baluchi Hound", ou "Tazi". Por centenas de anos, galgos afegãos permaneceram nas montanhas do Afeganistão e não foram autorizados a serem exportados.

Afghan Hounds foram originalmente utilizados para os fins de gazelas caça, lobos e raposas. Pastores também utilizou esses cães como cães de guarda e pastores. Durante o século XX, porém, galgos afegãos foram levados para a Inglaterra. Quando a raça foi finalmente trazido para a América, ele desenvolveu uma reputação glamourosa e tornou-se popular como um cão de show. Foi somente na década de 1930, porém, que o American Kennel Club e Canadian Kennel Club reconheceu a raça. Em 2005, um galgo afegão que foi chamado "Snuppy" fez ondas como se tornou o primeiro cão clonado do mundo.

Aparência galgos afegãos são sighthounds com forma de olhos amendoados, e as orelhas que ficam achatadas contra a cabeça. São cães de altura com corpos esguios e casacos longos. Seu revestimento é composto de finos, cabelos sedosos. Afora isso, eles também têm cabelos curtos selas em suas costas. Eles são conhecidos por terem hipbones alta e suas caudas tem um anel ou ondulações na ponta.

Cores galgos afegãos são quase sempre de cor de areia, mas de qualquer cor é aceitável. No entanto, manchas brancas no rosto do cão está desanimado e manchas vermelhas ou pretas sobre um casaco branco normalmente não é aceitável porque as manchas são indicações de reprodução impuro.

Temperamento raça afghan hound pode demorar um pouco para housebreak e alguns deles podem ser excitadíssimo ou tímido. No entanto, eles são leais, doce, sensível e carinhosa. Na verdade, eles têm mesmo sido apelidado como o "rei dos cães", já que é corajoso, nobre, elegante e majestoso. Esses cães se dão muito bem com outros animais que são criados com elas. Eles também são tolerantes com as crianças, apesar de bem-comportados filhos e os filhos mais velhos são os companheiros preferível Afghan Hound.

Altura e Peso 63,5-73,5 cm de altura e 23-27 kg de peso. Os machos são maiores que as fêmeas e na extremidade superior dos intervalos de tamanho.

Problemas de saúde comuns problemas de saúde A maioria dos cães do Afeganistão são o câncer e alergias. Afora isso, galgos afegãos têm baixa tolerância a dor, o que leva a eles terem dificuldade em lidar até mesmo com pequenos ferimentos. Eles também são muito sensíveis à anestesia.

Condições de Vida galgos afegãos vão se contentar em viver alarge ou apartamento apartamento contanto que começ a abundância do exercício diário. Eles obviamente preferiria estar vivendo em uma propriedade com um porte agradável jardim.

Exercício Requisitos Desde galgos afegãos são cães com altos níveis de energia, devem ser tomadas para longas caminhadas diárias. Eles também devem ser concedidos pelo menos 30 minutos todos os dias para fora da ligação de correr em espaços abertos.

Formação Requisitos Formação galgos afegãos pode ser realmente um desafio para os proprietários, mas estes são os cães que são rápidos para aprender. Se galgos afegãos não são treinados adequadamente, podem tornar-se destrutivo. Eles também são conhecidos por se comportar tanto como os gatos, e os proprietários não devem se surpreender ao descobrir que estes cães, por vezes, ignorar os comandos ao invés de respeitá-las. Uma vez que estes cães se inclinam para a independência em vez de, tipo obediência, mas uma educação firme é necessário. Aqueles que são apenas os proprietários de cães Afghan novato pode ir a programas de treinamento de cães locais para saber mais sobre como treinar os seus cães.

Eles são uma raça de cão com um instinto tão forte perseguição ensinando-lhes a recordação vai exigir paciência e persistência particular.

Expectativa de vida A vida de galgos afegãos é de aproximadamente 12-14 anos.

Higiene Desde Hounds afegão há muito tempo, casacos grossos, grooming deve ser feito com cuidado. Ar-amortecido escovas ou pinbrushes vai ser bom para pentear o pêlo do cachorro. É importante que as afegãs Hound casaco não sofre corte. Banhos galgos afegãos e limpeza da orelha suas passagens uma vez por semana será bom para o cão

Basset Hound







CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

- Esta raça de cão caracteriza-se por apresentar patas curtas e grossas.


- O Basset Hound surgiu do cruzamento de duas raças: Beagle e Bloodhound.


- Pesam entre 20 e 30 kg e a estatura média fica entre 34 e 38 cm.


- É um cachorro cujo formato do corpo é comprido, possuindo pele frouxa.


- Possuem pelo liso e curto, as orelhas são compridas e o pescoço grosso.


- A maioria dos cães desta raça possuem duas cores (marrom e branco ou marrom e preto) ou três (marrom, branco e preto).



COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO:

- Possui um faro bem desenvolvido, sendo um excelente cão caçador.


- O Basset Hound é uma raça muito companheira e de comportamento calmo e amigável. São animais sensíveis e dóceis, excelentes para quem tem crianças.


- Por gostarem de atenção, não é recomendado deixar este cão sozinho.


- Por ser uma raça com faro apurado, é comum perseguirem, na rua, pedestres, pássaros e outros animais. Logo, é recomendado ao dono sair com o cão portando coleira.


- É uma raça difícil de ser adestrada.


- Costumam latir quando querem alguma coisa.


- Costumam comer muito. Para gastar a energia acumulada, gostam de brincar e fazer caminhadas

domingo, 22 de maio de 2011

Passageiro de 1ª classe é pego com filhotes de urso, pantera e leopardo em bagagem
Homem tentou embarcar com espécies ameaças dentro de contêineres em voo que ia de Bangcoc a Dubai
13 de maio de 2011 | 8h 51
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A polícia tailandesa prendeu um cidadão dos Emirados Árabes que tentou embarcar em um voo de primeira classe entre Bangcoc e Dubai com vários animais ameaçados em sua bagagem.


Freeland FoundationOs animais foram encaminhados para uma clínica veterinária para receber tratamento
Ele levava filhotes de diferentes espécies: dois leopardos, duas panteras, um urso e dois macacos.

Os animais estavam todos vivos e tinham de quatro a cinco semanas de idade.

''Apreensões de animais ocorrem com alguma regularidade. Mas é a primeira vez que vemos algo desse porte'', disse à BBC Brasil Roy Shlieben, assessor de comunicação da organização não-governamental tailandesa Freeland, que combate o tráfico de animais e a escravidão de seres humanos.

Os animais estavam espalhados em diferentes contêineres na bagagem de Noor Mahmoodr, de 36 anos.

Rede de tráfico

O coronel Kiattipong Khawasamag, da divisão de Crimes contra a Natureza da polícia tailandesa, comandou a operação e disse que as investigações prosseguem, pois acredita-se que o incidente possa estar ligado a uma rede de tráfico de animais.

Os animais foram levados para uma clínica veterinária, onde receberam tratamento. Segundo Roy Shlieben, os animais provavelmente estavam sendo mantidos em cativeiro.

Como já travaram contato com seres humanos, afirma Shileben, eles não poderão ser reintroduzidos em seus habitats naturais, já que dificilmente se adaptariam.



Por conta disso, os filhotes devem ser encaminhados para centros mantidos pelo Departamento Nacional de Parques e Vida Selvagem da Tailândia e entregues a organizações não-governamentais que zelam pela proteção de espécies ameaçadas.

De acordo com o assessor da Freeland, o tráfico de animais selvagens ''movimenta um mercado negro altamente lucrativo, que fatura entre US$ 10 a US$ 30 bilhões (cerca de R$ 16 bilhões a R$ 48 bilhões) por ano e que sustenta várias organizações criminosas.

''Os animais silvestres costumam ir parar ou em zoológicos particulares de pessoas que querem ostentar sua riqueza ou acabam sendo mortos para que suas peles sejam usadas em roupas ou como troféus ou ainda que seus órgãos sejam utilizados em medicamentos tradicionais'', afirma Roy Shlieben. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

sábado, 21 de maio de 2011

a natureza nao tem preço

A natureza não tem preço
Por que, além do valor econômico, a diversidade natural do planeta tem importância ética, estética e até espiritual para nossa civilização
Haroldo Castro (texto e fotos)
Haroldo Castro
DÁDIVA
O Lago Umm El Maa, no Deserto Ubari, na Líbia. Além da água, o oásis oferece paz e serenidade ao viajante
A caminhonete sobe a duna até onde o motor aguenta, encontra uma área plana e para. “Use as pernas para chegar ao topo. Não desista, a recompensa é valiosa”, diz o líbio Ali Mahfud, avisando que não participará do último esforço. Escolho subir a duna amarela, quase dourada, em zigue-zague. E descalço. Mais fácil vencer a montanha sem sapatos. A cada passo, a ascensão se torna mais pesada e os pés se enterram na areia fofa. Sigo em frente, impulsionado por minha teimosia. Meia hora depois, chego ao ápice. Meus olhos deixam de observar o chão, buscam o horizonte e encontram a surpresa que Ali antecipara. Descubro um lago de água cristalina, rodeado de palmeiras – o ícone perfeito de um oásis. Como imaginar que, em um mar infinito de areia, possa brotar tanta vida? Mais comovido que cansado, sento no cume da duna para contemplar a paisagem. É uma natureza pura, de cores límpidas: o azul-claro do céu, o azul-escuro do lago, o verde das tamareiras e o dourado pálido da areia. A beleza, simples e serena, me toca. Meu corpo reage com um profundo suspiro. Sinto um misto da felicidade de adolescente apaixonado e da tranquilidade de um sábio ancião. Sei que a cena ficará tatuada durante décadas em minha mente e em meu espírito. É um daqueles instantes em que afirmamos, sem timidez, que vale a pena estar vivo. O contato direto com a natureza pode gerar emoções profundas no ser humano – principalmente no ser urbano que trocou, nas últimas décadas, seu cotidiano do campo pelo da cidade. Pouco mais da metade (50,5%) dos 6,7 bilhões de habitantes do planeta vive hoje em cidades e não convive mais com o ciclo rural de plantio e colheita, tão básico para nossos antepassados. “Ir ao supermercado e comprar um alimento congelado facilitou nossa vida, mas também rompeu o elo de coexistência que existia entre nós e a Terra”, afirma Catarina Menucci, paisagista e criadora do ecomercado Avis Rara, de Campinas, em São Paulo. “Vivemos cada vez mais longe da natureza.” Esse distanciamento é uma equação pessoal. Cada indivíduo tem uma necessidade particular de estar mais tempo – ou menos – em um ambiente natural. s Mas a baixa qualidade do ar, a poluição sonora e o caos visual de uma cidade não podem ser comparados com a experiência de caminhar por uma floresta tropical, de nadar em um rio cristalino ou de conhecer uma praia inabitada. Ou descobrir um oásis no Saara.
Um dos principais valores não monetários da natureza é a sensação de prazer e conforto provocada por sua harmonia estética. “Quando estou dentro de uma floresta, vejo a beleza de tudo e me conecto com o ciclo interminável da vida. Posso entender melhor por que as espécies evoluem e se adaptam”, diz Elda Brizuela, conservacionista e cineasta da Costa Rica. “Destruir esse espaço é como arrasar algo que é parte de minha alma.” A relação entre natureza e alma parece ser óbvia para quem busca inspiração do mundo natural em seu trabalho. “A natureza me traz paz interior e me ajuda a estar mais próximo de mim mesmo”, diz o artista plástico e webdesigner João Makray. “É a melhor forma para esquecer os problemas banais do cotidiano e alimentar minha criatividade.” Makray passou semanas visitando dezenas de cachoeiras, rios e matas para desenhar as gravuras do livro Orixás, no qual as divindades da tradição afro-brasileira são mostradas como forças naturais, e não apenas antropomórficas.
Algumas pessoas desenvolvem suas próprias histórias de amor com o mundo natural. O valor estético e sensorial da natureza é sempre a base para essa relação platônica e contemplativa que cada indivíduo forja. “Na floresta, percebo os aromas e me sinto como um beija-flor”, afirma Luis Fernando Molina, poeta e ambientalista colombiano. “No cume da montanha, vislumbro a paisagem e tenho vontade de voar. No deserto, por ser infinito, me comunico com o divino. Mas, quando estou na cidade, sou apenas um número a mais”, afirma. A empresária Scholastica Ponera, dona da empresa Pongo Safaris, de Dar Es Salaam, na Tanzânia, diz que entrar em um parque nacional lhe dá tranquilidade e harmonia. “Gosto de me sentar no chão, sozinha, procurar uma semente do tamanho de um botão de camisa e meditar como ela se transformará em uma majestosa árvore.”
Nem todas as pessoas são receptivas como Ponera e Molina. Uma boa parte dos urbanos tem mais medo da natureza que admiração por ela. A bióloga Rita Mendonça, diretora do Instituto Romã, tem uma solução. “Organizamos vivências e caminhadas para desenvolver a sensibilidade dos interessados em contatar os aspectos intangíveis da natureza”, diz. “As pessoas saem transformadas ao interagir, de forma intuitiva e sensível, com a natureza.”
>>Leia também: Os intangíveis da natureza: seus valores estéticos e espirituais
Além de musa inspiradora e alívio para os sentidos humanos, a natureza também serve como ponte entre o mundo concreto e o divino. Considerar a natureza como “algo maior” é uma constante para aqueles que têm uma visão que vai além da esfera material e utilitária. “Nada como estar entre sequoias-gigantes, com mais de 100 metros de altura e séculos de idade, para romper com os limites físicos e considerar que existe uma ‘força de vida’ bem maior que eu”, diz o americano Keith Wheeler, um dos diretores da União Internacional para a Conservação da Natureza. “A natureza não apenas me oferece um espaço de reflexão sobre ética e espiritualidade, ela também traz inspiração para que eu possa melhor conduzir minha vida.”
Haroldo Castro
Haroldo Castro
RELAÇÃO HARMÔNICA
Primeira foto, girafas no Parque Nacional Tsavo Oeste, no Quênia, ajoelham-se para beber água. Segunda foto, araras-vermelhas saem do Buraco das Araras em Jardim, em Mato Grosso do Sul. Tanto artistas quanto cientistas buscam inspiração na interação das espécies com o ambiente natural
As grandes religiões têm conceitos que podem ser interpretados como de proteção da natureza. Crenças que outrora não colocavam a conservação em sua agenda de prioridades passaram a ter um discurso mais verde, quando confrontadas com a atual crise ambiental. Nas últimas décadas, conservacionistas tentaram estabelecer parcerias que pudessem transformar líderes espirituais em potenciais educadores. O Instituto Ambiental de Comunidades de Fé da África Austral é uma dessas iniciativas, congregando pessoas de diferentes linhas. “Fazemos parte do mundo natural que nos rodeia. Apesar da alienação criada pelas cidades, não podemos nos separar do resto da Criação. Nós nos renovamos espiritualmente ao vivenciar o ambiente natural, particularmente quando estamos em um lugar selvagem”, afirma seu líder, o bispo sul-africano Geoff Davis. “As experiências profundas com a natureza servem como curas psicológicas.”
O jainismo – religião originada na Índia há 25 séculos – considera o ainsa, a não violência, como seu princípio essencial. “Praticamos a não violência com a totalidade das espécies vivas, não apenas com humanos. Temos um profundo respeito por toda a natureza: não matamos animais e só comemos as partes das plantas que não as sacrifiquem”, diz Hitesh Mehta, arquiteto e paisagista queniano. “Nossa filosofia demanda um estilo de vida de baixo impacto. Há séculos vivemos o que hoje é chamado de sustentabilidade ambiental. Não existe maior virtude espiritual que a da não violência absoluta.” Mehta afirma que grandes pensadores, como Mahatma Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela, foram profundamente influenciados pelo jainismo.
As tradições afro-brasileiras, como a umbanda e o candomblé, consideram as manifestações da natureza como “energias sagradas”. São os orixás. A biodiversidade das matas é a representação física de Oxóssi, as ervas medicinais simbolizam Oçânhim e os mananciais de águas expressam Nanã. “A natureza é um livro sagrado, e precisamos aprender a decifrar o que ela pode nos revelar”, diz o babalorixá Carlos Buby, do Templo Guaracy do Brasil. “A compreensão biológica das diferentes formas de vida do planeta não é suficiente para assegurar sua proteção. É necessário acrescentar os valores imateriais para que a natureza seja reconhecida como sagrada e, assim, devidamente protegida.”
O Dalai-Lama, chefe espiritual do budismo tibetano, desmistifica a conservação ambiental e a coloca como um dever prático. “Cuidar de nosso planeta não é um ato santo ou sagrado. Não podemos viver em nenhum outro, apenas neste”, afirma o monge tibetano. “É como cuidar de nossa casa.” Em nossa cultura mercantilista, os economistas da conservação já registram os bilhões de reais que os serviços ambientais prestam aos humanos. Mas os valores estéticos e espirituais estão na esfera do intangível. Não podemos colocar uma etiqueta de preço no sagrado.
Haroldo CastroHaroldo Castro
Haroldo Castro
HERANÇA NATURAL
Primeira foto, bosque de baobás na costa oeste de Madagascar, país que abriga o maior número de espécies dessa árvore, considerada sagrada por diferentes tribos africanas. Segunda foto, uma ilha inabitada no litoral de Samoa, no Oceano Pacífico. Terceira foto, duplo arco-íris nos Saltos Mbigua e Bernabé Mendez, no lado argentino das Cataratas do Iguaçu. Preservar paisagens naturais como essas é parte da missão humana, segundo líderes espirituais, como o Dalai-Lama